União de Jacarepaguá
Primeira escola a desfilar no segundo dia da série ouro do carnaval, a união de Jacarepaguá leva o enredo “Manuel Congo e Marianna Crioula, os Heróis do Vale do Café” para a Sapucaí. A história contada é sobre a maior fulga de escravos do Rio de Janeiro em 1938,Manuel e Marianna foram dois apoiadores e líderes deste acontecimento no vale do café.
Unidos da Ponte
Segunda escola a desfilar, a ponte. homenageia Mãe Meninazinha de Oxum e o candomblé com o enredo “Liberte nosso sagrado: o legado ancestral de Mãe Meninazinha de Oxum”, contando a história de uma das mais importantes yalorixas do culto afro a ponte iniciou seu desfile.
O enredo desenvolvido pelos carnavalescos Rodrigo Marques e Guilherme Diniz, com a participação do pesquisador Tiago Freitas, conta a luta travada pela yalorixa contra todos os preconceitos enfrentados pela religião, todas as barreiras e desigualdade.
Por mais de 30 anos mãe meninazinha também lutou contra as instituições por um erro. Uma coleção de Objetos sagrados estavam em poder do museu da polícia ciivil e após uma longa campanha liderada por ela e membros da religião, os objetos foram transferidos para o museu da república.
“Estou muito feliz. Olha como são as coisas, a minha luta, o nosso sagrado, virar enredo de uma escola de samba. Isso é gratificante demais, estarmos aqui hoje pela nossa luta. Agora eu faço parte desta escola e com certeza faremos um grande desfile – revelou a homenageada.
Com a comissão de frente composta por mulheres negras comandada pela coreógrafa Alessandra de Oliveira que possui ampla experiência na dança Alessandra é diretora de uma ala coreografada na beija-flor de Nilópolis e é responsável também por um projeto comunitário, a ponte deu início a seu desfile.
“Me sinto muito honrada e feliz com o convite para coreografar a Comissão de Frente da Unidos da Ponte. Com muita garra e emoção pretendo realizar um lindo trabalho nessa amada escola! Muita expectativa e energia positiva com esse maravilhoso enredo”, revelou a Coreógrafa.
Nossa equipe entrevistou a rainha de bateria da agremiação Lili tudao,, e ela nos revelou que sua fantasia desmistifica o fato de acharem que Exu é diabo.
Unidos de bangu
Unidos de Bangu deu início ao seu desfile falando sobre o enredo “Aganjú… A visão do fogo, a voz do trovão no Reino de Oyó”, de autoria do carnavalesco Robson Goulart, a escola vem contar a história do orixá Xangô aganjú, qualidade das diversas linhagens deste orixá. A comissão de frente da agremiação levou uma surpresa para avenida…. Usando cores fortes e quentes. Ao longo do desfile diversas características do orixá homenageado foi revelada na avenida. Um grande rito aos orixás foi feito na avenida, e a história de todos os orixás com ligação com Xangô foi mostrada.
Xangô é sincretizado com São Jerônimo, São Pedro, São João Batista, cujo poder se manifesta na pedreira, é o Senhor da justiça. Seu símbolo é o machado de duas faces, significando que o machado tanto protege seus filhos das injustiças.
“Tem coisas que a gente não pode falar e temos que dar um jeito de mostrar de maneira que a gente não conte o segredo daquilo que acontece mais por um lado religioso. O desafio foi esse: mostrar o xangô menino não confundindo com os demais xangôs que são 12 qualidades”, afirmou Robson Goulart carnavalesco.
A agremiação teve problemas com o carro abre-alas no início do desfile, ainda no setor1 o carro que era duplo não se encaixava para poder seguir na avenida, a escola ficou aproximadamente 15 a 20 tentando encaixar as duas partes.
Em cima da hora
A Em cima da hora iniciou seu desfile contando a história de Esperança Garcia, mulher negra escravizada que, no século XVIII, no Piauí colonizado, ergueu-se como voz da resistência e lutou contra os terrores da escravização.
Quarta escola a desfilar o enredo desenvolvido pelos carnavalescos Marco Antonio Falleiros e Carlos Eduardo,
Na comissão de frente aproximadamente 11 bailarinos coreografados por Leandro Azevedo, mostraram precisão em seus movimentos, O casal de Ms e Pb Jhony Matos e Jack Gomes mostraram sincronia em seus movimentos, representando o pavilhão da agremiação.Carro de som comandado por Igor Pitta fez o esquenta conseguindo animar o público.
Porto da pedra
Porto da Pedra vai levar para a avenida os “delírios” (nome do enredo) do escritor francês Júlio Verne, a obra foi escrita por Júlio que nunca esteve na Amazônia, mas escreveu um livro imaginando a região.
A agremiação pretende fazer um carnaval sustentável que vai além do enredo, sendo a pioneira a realizar um desfile neutro em emissões de gás carbônico da história do rio de janeiro ao plantar mudas que vão compensar cerca de duas toneladas de Co2.
O retorno do carnavalesco Mauro Quintaes acende a chama para repetir o carnaval de 1995, quando a Porto da pedra subiu pela primeira vez para o grupo especial. As cores predominantes no desfile foram as cores predominantes na Amazônia mas também crês da agremiação.
“Eu absorvi muito vermelho e preto. A escola tem o vermelho então eu trouxe essa coisa indígena do vermelho e preto do Orucum com muito cobre por conta das maquinas do Júlio Verne dos Incas dos povos latinos e combina com um carro alegórico que passa pelo folharal pelos personagens da floresta.disse o carnavalesco Mauro Quintaes.
União da ilha do governador
A união da ilha do governador conta a história de seu nascimento. Uma quarta feira de cinzas no ano de 1953, um grupo de amigos do bairro do cacuia resolveu criar uma escola de samba para representar a ilha do governador.
vermelho e branco, foram herdadas do União Futebol Clube, time dos fundadores. contar a história da ilha do governador também é contar a história da madrinha da agremiação, a Portela.
“O enredo traz essa atmosfera da amizade que o carnaval prevalece. Quando uma escola entende a importância de uma outra agremiação que abençoou sua caminhada. E a Portela, quando batizou a Ilha, já era uma super escola campeã”, comentou o carnavalesco Cahê Rodrigues.
Império da Tijuca
O império da Tijuca traz para avenida um enredo afro, que será desenvolvido pelos carnavalescos Junior Pernambucano e Ricardo Hessez, “Cores do Axé” fará uma homenagem ao artista Carybé, pintor argentino que apaixonado por Salvador e suas manifestações culturais, fez sua obra em cima das expressões de fé.