Desfile das campeãs na Sapucaí é momento das seis escolas se reunirem e celebrarem. Esse ano a conquista foi acirrada entre imperatriz Leopoldinense e Viradouro, e quem obteve vitória foi a imperatriz com o destino do lampião na vida após a morte.Última a desfilar na marquês de Sapucaí já no domingo. Consagrado o carnavalesco Leandro Vieira conseguiu levar o campeonato para o povo de Ramos, que aguardava o título a aproximados vinte anos. Leandro já foi campeão por três vezes no grupo especial e duas na série ouro do carnaval carioca.
Abrindo a série de desfiles a Grande Rio com a bela homenagem a Zeca pagodinho, que desfilou cercado de amigos e familiares tomando sua cerveja. Com o enredo “Ô Zeca, pagode onde é? Andei descalço, carroça e trem procurando por Xerém, pra te ver, te abraçar, pra beber e batucar.
Contando a história do cantor a agremiação levou para avenida os amigos de Zeca, e as peculiaridades da vida do artista, como o carros que levava os gêmeos são Cosme e Damião e também sobre a fé do cantor em São Jorge.
Mangueira foi a quinta escola a desfilar e novamente mostrou a garra do mangueirense “ Quando o verde se derrama em rosa pela avenida, o céu se agita, o morro mostra seu samba como Ilú a repicar. Os ventos se assanham no girar da mãe, conduzindo os filhos de Mangueira a desfilar. Por nós, Oyá! Por nós, Oyá” composição de Lequinho e cia com participação especial de Magareth Meneses a verde e rosa mostrou a que veio e veio nas Campeãs. Evelyn Bastos rainha da bateria deu show com seu samba no pé, a rainha veio vestida de Oxum como no desfile oficial.
Com o enredo África na Bahia, por meio da musicalidade e das instituições carnavalescas negras, com destaque para o protagonismo feminino a agremiação também falou sobre o racismo na avenida.
Beija-flor de Nilópolis quarta escola a desfilar levou no seu carro de som a cantora Ludimilla, cantando com Neguinho da beija-flor. A agremiação mostrou a força do desfile politizado exaltando mulheres, negros, indígenas e comunidade LGBTQIA+.
O verdadeiro grito dos excluídos aconteceu na avenida e em determinados momentos um tom de passeata e protesto sobre todas as lutas populares era sentido. Com o enredo Brava Gente! O grito dos excluídos no bicentenário da Independência” à comunidade de Nilópolis cantou forte na avenida e com isso conquistou o título de melhor escola do grupo especial pelo júri de especialistas do Estandarte de Ouro, premiação feita pelo jornal O Globo. Outro destaque foi a presença de Anita na beija-flor gravando um clipe.
Vila Isabel foi a terceira escola a desfilar com enredo “Nessa festa, eu levo fé” retornou na avenida com canto forte do componente e do público. O carro de som iniciou o esquenta da escola cantando sucessos de Martinho da vila, e o público cantou junto. Sabrina Sato rainha de bateria da agremiação, esteve presente no desfile das campeãs e em clima de festa usou sua fantasia que representa as flores,
” Hoje, minha fantasia homenageia as flores das festas caipiras, dos mais lindos e rituais tradicionais brasileiros. Vamos pedir, agradecer e celebrar! Viva nossa Vila Isabel!”, disse Sabrina
Viradouro a segunda escola a desfilar foi destaque, deslumbrante a escola falou sobre Rosa uma “santa africana”, segundo o biógrafo Luiz Mott. Ela se mudou para o Brasil em 1725, aos seis anos era escrava na época e precisou se prostituir para sobreviver e quando adulta virou beata. A atriz Érika Januza interpretou “espírito” incorporado por Rosa Maria, a atriz estava caracterizada com uma fantasia de pedras vermelha e lentes amarelas.
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