Imperatriz Leopoldinense
A Imperatriz leopoldinense homenageou Arlindo Rodrigues, com o enredo “Meninos, eu vi… onde canta o sabiá, onde cantam Dalva e Lamartine” que levou a escola verde e branco da zona norte a ganhar seu primeiro título sob comando de Fernando Pamplona e agora comandada pela carnavalesca Rosa Magalhaes, 11 anos após seu afastamento, rosa retorna para a agremiação. O enredo foi escolhido pelo presidente Luizinho Drummond antes de falecer, a atual presidente Katia Drummond manteve a escolha em homenagem a seu pai. A rainha Isa chegou na avenida com todo o seu brilho e carisma cercada de seguranças, a cantora usava um biquíni cavado e um costeiro verde e amarelo como asas de anjo. Thiago Soares ex bailarino do Royal ballét de Londres estreou Como coreógrafo da comissão de frente da agremiação, O bailarino é dono de uma academia de balé no México, e durante esse período de ensaios teve que deixar tudo organizado por lá. A escola que retornou ao grupo especial, surpreendeu a todos e surgiu na avenida se superando e fazendo um ótimo desfile. Thiaguinho e Rafaela casal de mestre-sala e porta-Bandeira Demonstraram toda a sua leveza sintonia na passarela do samba, com tom de elegância o casal bailou e chamou a atenção do público. Rosa Magalhães que costumeiramente prefere alegorias menores, dessa vez levou alguns carros altos para avenida, como o segundo carro da agremiação, representando a africanidade do Salgueiro. No quesito samba-enredo, Gabriel Melo autor do samba da agremiação acertou em letra e melodia, o canto na voz de Bruno Ribas e Arthur Franco emocionou ao público presente que cantou junto com a escola, mestre lolo e sua bateria swing da Leopoldina deram um show de ritmo na avenida.
Estação primeira de Mangueira
Homenageando cartola, jamelão e delegado o enredo foi assinado por Leandro Vieira, três homenagens que ficaram para a história do Carnaval, três personalidades que nenhum sambista vai esquecer. Jamelão, José bispo Clementino dos Santos odiava o título de “puxador” gostava de ser chamado de intérprete, e rebatia qualquer um que o chamasse de forma diferente, ele lutava pela valorização dos cantores de samba, e ai daquele que chamásse de forma diferente, ele logo reclamava, “puxador é a mãe” ou “puxador é quem puxa fumo e carro”, uma das maiores vozes do Carnaval carioca, Jamelão foi representado no desfile por jamelão neto seu neto, que foi criado pelo avô em Vila Isabel e revela que todas as reportagens que saía sobre ele, capas de disco eram guardadas.
Cartola, Agenor de Oliveira foi autor de clássicos do samba como as rosas não falam e o mundo é um moinho faleceu em 30 de novembro de 1980, Além de ter escolhido o nome da agremiação, foi Cartola que deu a ideia do verde e rosa para as cores da escola que hoje lhe faz essa bela homenagem.
Hélio Laurindo da Silva conhecido como delegado foi diretor de bateria, ritmistas e mestre sala da escola, faleceu em 12 de novembro de 2012, Filho de um dançarino de valsa e uma doceira,delegado nasceu no morro da mangueira.
A comissão de frente Da mangueira executou uma troca de roupa em menos de meio segundo, o que deixou o público impressionado, 7 dançarinos têm suas roupas de cores preta e branca puxadas por assistentes que ficaram escondidos abaixo deles no carro alegórico, com isso reaparecendo com novos figurinos em cores verde rosa, uma troca de roupa instantânea. A responsável por essa dinâmica foi a Coreógrafa Priscilla nota.
Marquinho arte samba passou mal durante o desfile e teve que ser atendido ainda no carro de som pelo corpo de bombeiros, recebeu oxigênio e foi encaminhado para coordenação regional de emergência, o segmento do carro de som da agremiação após Marquinho passar mal, ficou por conta dos intérpretes Leandro Santos, lequinho e os demais integrantes do carro de som, que deram um show de canto na avenida e levantaram o público.
As cores principais usadas nas fantasias permaneceram verde e rosa, cores tradicionais da agremiação. Contando diversas histórias da própria escola e a trajetória de vida dos homenageados da noite a mangueira fez uma belo desfile. No carro dedicado a Jamelão, vieram jamelão neto, Rosemary e Alcione. Diversos artista estiveram presentes no desfile, como Leandra Leal, Regina Casé, Marcelo Freixo dentre outros. A Rainha Evelyn bastos surgiu linda e deslumbrante de peruca rosa e lente de contato verde, sua fantasia representava o próprio mangueirense “A cor dessa nação”, o visual deu trabalho para a rainha, pois para a descoloração do cabelo acontecer, precisou de um processo de dias. Evelyn carregava uma faixa com a escrita cria do morro, sem sombra de dúvidas foi a rainha mais simpática da avenida, atendendo a todos os pedidos de fotos e declarações.
O Salgueiro entrou na Marquês de Sapucaí levantando o público, a agremiação da Tijuca trouxe o enredo de resistência, terceira escola a desfilar a vermelho e branco da Tijuca foi aplaudida pelo público que foi ao delírio quando a bateria furiosa entrou no setor um, Viviane Araújo foi recebida com muito carinho e aplausos do público.
Alex de Souza carnavalesco da agremiação retratou a cultura negra e sua essência, sobre o Rio de Janeiro ele trouxe os bairros do Santo Cristo, Gamboa, pequena África e também falou sobre a comunidade do Salgueiro, bairros esses que enfrentaram e enfrentam a resistência e que tiveram às marcas da violência mostrando toda resistência de um povo, navios que aportavam no cais do Valongo na zona portuária, na época existia mar na região, ali milhares de pessoas foram arrancadas de suas terras para serem escravizada, seus corpos eram largados na área da Gamboa, o local ficou conhecido como cemitério dos pretos novos.
Dançado em um pedestal, Ingrid Silva bailarina brasileira radicada em nova York, representou Mercedes Batista, primeira bailarina negra do teatro municipal, o pedestal que Ingrid era levantada tinha formato de punho fechado, representando força e resistência. Na comissão de frente também vieram componentes representando negros que tiveram grande importância para a história como Ruth Souza, Xica da Silva, Machado de Assis, Zumbi dos Palmares, conversamos com o responsável pela comissão de frente Patrick Carvalho e ele falou sobre a emoção do retorno a Sapucaí após esse longo período.
A escola veio preparada para ganhar o campeonato. No carro de som a dupla Quinho e Emerson Dias fizeram o coração do salgueirense pulsar forte, com letra e refrão contagiante a escola mostrou que valeu a pena participar dos ensaios, pois o canto estava em dia.
Na última alegoria vários integrantes negros simularam a derrubada de uma escultura de obelisco que tinha a palavra racismo escrita, simbolizando o fim do racismo do preconceito.
O Casal de mestre-sala e porta-bandeira Sidcley e Marcela Alves deram um show na avenida, representando a ancestralidade, a dupla mostrou sintonia e bailado perfeito para conquistar nota máxima.
Entrevistamos o coreógrafo Carlinhos, ele nos revelou que em conversa com a equipe do Salgueiro e o carnavalesco Alex Souza, ele não viria representando nenhum personagem e sim mostrando sua história de vida vitoriosa e todos os seus projetos realizados. O coreógrafo estava emocionado.
A agremiação realizou seu desfile com tempo permitido de 70 minutos, com muita tranquilidade.
São clemente
Homenageando o ator Paulo Gustavo a são clemente reuniu diversos amigos e parentes do ator, o artista morreu de covid em maio de 2021, foi lembrado com muito amor e carinho por todos. A agremiação trouxe para a avenida toda história de vida do ator, da infância até a vida adulta passando por sua juventude em Niterói.
Um problema no carro abre alas ainda no setor 1 prejudicou o andamento da escola, que possivelmente perderá pontos. A mãe do ator, Déa Lucia agradeceu o carinho mandando beijos para o público, dona Déa se emocionou ao chegar no setor um e ser recebida com gritos e aplausos do público homenageando Paulo Gustavo e chamando pelo nome do ator, um momento de muita emoção na Sapucaí. A irmã do ator Juliana foi as lagrimas do no desfile de tanta emoção. A mãe do ator desfilou como destaque na comissão de frente. Artistas como Heloisa perrice, Samanta schmutz, Mariana Xavier, Rodrigo Pandolfo também desfilaram homenageando Paulo. Esse foi o primeiro desfile assinado por Thiago Martins, que há dez anos atua como diretor da são clemente. A bateria da agremiação se fantasiou de dona hermínia, com bobs gigantes na cabeça. Thales Bretas companheiro de Paulo, desfilou no carro que homenageava os filhos do casal Romeu e Gael.
Dentre muitos personagens criados pelo humorista, nossa senhora dos absurdos, personagem moradora do bairro do Leblon foi para avenida homenagear seu criador, em uma ala criada pela escola, os componentes mostravam frases com dizeres da famosa personagem.
Unidos do Viradouro
A agremiação de Niterói estava colorida e luxuosa, com seus componentes cantando o hino da escola intensamente, a vermelho e branca se tornou uma das favoritas a levar o título. O cantor Zé Paulo e seu carro de som deram voz a letra e melodia suave, escrita pelos compositores Felipe filosofo e cia, dando um show de canto na avenida. A rainha Erika Januza veio vestida como rainha do cordão da bola preta.
A bateria da agremiação prestou uma linda homenagem ao setor 1, imagem exclusiva do portal samba carioca.
Com a inspiração da musica ‘ e o mundo não se acabou” composição de Assis Valente reproduzida por Carmen Miranda, a comissão de frente veio representando um Pierro que protegeu o Carnaval de diversos males, a comissão formada por integrantes da escola vestidos de caveira veio dançando na avenida, logo atrás da comissão de caveiras o carro abre alas em formato de Globo terrestre com um componente que segurava uma chave, essa chave era flutuante e ao final da coreografia dos caveira a chave flutuava até o rei momo simbolizando a proteção do carnaval.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira Julinho e Ruth desfilaram plenos na avenida, com sintonia e maestria, mas no primeiro modulo de julgamento Julinho perdeu o sapato do pé esquerdo, o que possivelmente deve fazer a dupla perder pontos.
No quesito alegoria e fantasia a agremiação trabalhou perfeitamente, todas as fantasias da escola estavam bem elaboradas e bem acabadas. Na questão da evolução e harmonia a agremiação mostrou bastante organização com seus componentes. A harmonia da escola veio vestida de enfermeiros(as) para homenagear os profissionais da saúde. A escola convidou profissionais da saúde para desfilar, e eles vieram num carro que fazia referência ao liberty club, que em 1919 promoveu bailes a fantasia, uma dessas festas promovidas foi para homenagear os profissionais que enfrentaram a gripe espanhola em 1919.
Beija flor de Nilópolis
A beija-flor de Nilópolis encerrou o primeiro dia de desfiles do grupo especial. ‘Empretecer o pensamento é o vira voz da beija-flor” veio enaltecer personagens negros que foram vencedores.
A dupla de mestre-sala e porta-Bandeira Selminha Sorriso e Claudinho veio representando o “Esplendor de kemet”, que significa Terra negra. Pela comissão de frente Marcelo misailidis se preocupou na mensagem que passaria diante de um assunto tão importante, sobre a cultura história do povo negro. A comunidade nilopolitana não poupou esforços no quesito do canto, os componentes acompanharam o intérprete Neguinho da beija-flor com o canto forte e pisaram firme na avenida.