Oito escolas se apresentaram na segunda noite de desfiles da série Ouro do carnaval carioca. Iniciando os desfiles, o locutor oficial da LIESA leu uma nota lamentando pelo acidente ocorrido na noite anterior, aonde um carro alegórico atropelou a menina Raquel Antunes de 11 anos, que veio a falecer na madrugada de sexta-feira (22).
Quem deu início aos desfiles foi a Lins Imperial, a escola retornou a Sapucaí depois de 10 anos, contou a história do humorista Mussum dos trapalhões. A agremiação levou para a avenida 25 alas e 1,9 mil componentes. A equipe do Portal Samba Carioca fez uma entrevista com o sósia que interpretou o Mussum na avenida.
A Inocentes de Belford Roxo levou para avenida uma festa que aconteceu em Pernambuco, a mais de 50 anos, Com o enredo “A Meia-Noite dos Tambores Silenciosos” falando sobre ancestralidade. A escola deu um show de canto com o carro de som de Luizinho Andanças e a bateria de mestre Juninho. Ao todo dezessete alas, três carros e dois tripés que homenagearam a ancestralidade como Xangô, Nagô, Oyá, Egum. Sendo. Sendo Oyá Igbalé’, a ala que fala sobre a questão da Resistência Africana.
A Estácio de Sá fez a reedição do carnaval do carnaval de 1995 e falou sobre o Flamengo, a escola levou para a avenida 22 alas e 2,1 mil integrantes. Recebida pelo público com gritos de “mengo, mengo, mengo”, a agremiação literalmente levantou o público com muita Alegria e o canto forte estava na boca dos foliões. Na comissão de frente com a ajuda de um drone, uma camisa especial do flamengo era levantada e decolava por cima dos integrantes da comissão. O objetivo do voou da camisa é mostrar que o manto sagrado se movimenta e joga sozinho. De acordo com o conceito de Nelson Rodrigues, que dizia que daqui a pouco a camisa rubro-negra jogaria.
A acadêmicos de Santa Cruz falou sobre o ator Milton Gonçalves. Com as fantasias simples, mais muito bem elaboradas a Santa Cruz entrou na avenida com a linda homenagem a um dos ícones da televisão brasileira. Seu filho muito emocionado e agradecido a agremiação pela homenagem ao pai declarou, “Meu pai é um guerreiro que lutou todas as lutas políticas, sociais e estéticas de seu tempo. Além disso, sempre foi o melhor pai do mundo”. As alas falavam da vida do artista desde pequeno até os dias atuais, passando por momentos importantes como a ancestralidade o movimento negro e político, enredo desenvolvido por cid. Carvalho.
A acadêmicos do vigário geral falou sobre a pequena África, sobre às marcas de violência mostrando toda sua resistência de um povo, o enredo conta sobre navios que aportavam no cais do Valongo na zona portuária, na época existia mar na região, ali milhares de pessoas foram arrancadas de suas terras para serem escravizadas. A comissão de frente homenageou vítimas de violência, mostrando cartazes e fotos de negros que perderam suas vidas naquela região, seus corpos eram largados na área da Gamboa, o local ficou conhecido como cemitério dos pretos novos.
Império da Tijuca veio com o enredo falando sobre a escola de samba Quilombo fundado por Martinho da vila, candeia e Clementina de Jesus. A escola do morro da Formiga veio com uma boa organização e mostrou que veio para brigar pelo título, suas fantasias estavam muito bem acabadas e mostraram conexão com o enredo apresentado. A escola fez um excelente desfile e é uma das fortes candidatas ao título. O presidente da agremiação nos concedeu uma entrevista.
O Império Serrano levantou poeira na Sapucaí,última escola a desfilar, levou um canto forte e marcante pra avenida, interprete nego e seu carro de som levantaram por completo a Sapucaí, no final do desfile o público acompanhou a escola. Com o enredo “Mangangá”, sobre o capoeirista baiano Manoel Henrique Pereira, conhecido como Besouro Mangangá elaborado por Leandro Vieira conta sobre a luta para a liberdade dos negros.