Na noite deste sábado (26), desfilaram na Marquês de Sapucaí três escolas, Inocentes de Belford Roxo, Acadêmicos do Sossego e Santa Cruz.
Com o enredo “Meia-noite dos tambores silenciosos”, a Inocentes de Belford Roxo iniciou seu desfile as 19 h na Sapucaí, os Intérpretes Tem Tem Sampaio, Luizinho Andanças e Silas Leleu comandaram o carro de som da agremiação.
A bateria Cadência da baixada, comandada por mestre Juninho estava afiada e deu tom ao Samba dos compositores Cláudio Russo, Júnior Fionda, Lequinho e companhia. Na voz de Silas Leleu,Tem Tem Sampaio e Luizinho Andanças. Já o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Douglas Valle e Jaçanã Ribeiro mostraram ao que vieram, o casal se destacou com seu bailado e leveza, mostrando que estão prontos para o desfile oficial.
Carlinhos do Salgueiro e suas passistas foram destaque da escola, convidado pelo presidente Reginaldo Gomes, o coreógrafo veio em um dos carros da agremiação.Em 2011 o coreógrafo assumiu a coordenação da ala de passistas da agremiação, em 2015 foi destaque em uma das alegorias e em 2016 representou Xica da Silva, no enredo sobre Cacá Diegues.
No desfile oficial Carlinhos virá com seu grupo performático na frente do segundo carro. A comissão de frente foi comandada por coreógrafa Juliana Frathanea, trouxe homens vestidos de índios.A agremiação será a segunda a desfilar, no dia 21 de abril de 2022. Pela Série Ouro da Lierj.
o enredo do carnavalesco Lucas Milato, mostra o encontro de nações de maracatu, que se encontram no Pátio do Terço, para louvar sua ancestralidade, a noite dos tambores silenciosos, organizada anualmente no carnaval do Recife, é um rito de preservação da tradição afro-brasileira. Através da louvação aos Eguns, realizada no Pátio do Terço, a partir da meia-noite, os fiéis podem se conectar com o legado de luta de seus antepassados, sabendo que carregam no sangue e no Orí a bravura daqueles que jamais se curvaram ao opressor.
Acadêmicos do sossego se destacou com o canto da comunidade, a frente do carro de som, o intérprete Nino do milênio e sua equipe animaram as arquibancadas e deram um tom todo especial ao desfile. A azul é branca de Niterói levará para a avenida “visões Xamânicas”, desenvolvido pelo carnavalesco André Rodrigues e Willian Tadeu conta histórias dos povos tradicionais nativos do Brasil com recorrentes mensagens de preservação da vida indígena e da natureza e de seu espaço.
Defendendo o pavilhão da escola, Ramon Lima e Vivian Colombo, Ramon foi contratado recentemente para substituir Fabiano dourado que se desligou da agremiação devido a incompatibilidades de agenda. Emocionado o mestre-sala disse que nunca desfilou em nenhuma escola carioca e pretende dar o seu melhor.
O jovem tem passagens pela Estrela do Terceiro Milênio, Acadêmicos do Tucuruvi, Rosas de Ouro e Em Cima da Hora Paulistana, integrante do carnaval da UESP. Este ano além da acadêmicos do sossego ele também defenderá o segundo pavilhão da escola Independente Tricolor, do Grupo de Acesso do carnaval de São Paulo.
Antes de iniciar o desfile o presidente da agremiação acadêmicos de Santa Cruz fez um breve discurso agradecendo a todos e principalmente àqueles que durante a pandemia estiveram ao seu lado. Falou sobre o período da pandemia e toda a dificuldade que foi com a questão dos funcionários do barracão e apesar de tudo a escola estava firme na avenida. Com o enredo “Axé! Milton Gonçalves no catuapé da Santa Cruz”, Milton Gonçalves será o homenageado da Acadêmicos de Santa Cruz no próximo Carnaval.
A última escola a desfilar, a agremiação se mostrou aguerrida e disposta a disputar o título. O ponto forte da agremiação foi a sua organização. Alda Gonçalves Filha de Milton Gonçalves estava visivelmente emocionada com a homenagem feita para seu pai, Milton não compareceu no desfile pois o artista se recupera de um AVC, por este motivo a família optou por não leva-lo, mas no dia 21, dia do desfile oficial, o homenageado estará presente junto com sua família.