17 de fevereiro de 2020- 19:00
Por: Redação
A mangueira homenageou crianças atingidas por tiros na comunidade, no ensaio técnico na marquês de Sapucaí. O ensaio que estava marcado para iniciar às 19:30, atrasou devido a forte chuva que caiu na cidade. No setor 1, o público caiu nas graças da verde e rosa de mangueira, e em tom forte gritavam “favela, favela”. O ex presidente da escola, Chiquinho da mangueira estava presente no desfile, atualmente luta para assumir o cargo na assembleia legislativa após sua prisão.
Com o enredo “a verdade vos fará livre” de autoria de Leandro vieira, o carnavalesco promete trazer para avenida um desfile de impressionar, superior ao desfile de 2019, quando foi a verde e rosa foi campeã com o enredo “história para ninar gente grande”. A escola vai tratar no desfile de como seria a volta de Cristo nos tempos atuais de preconceito, violência e desrespeito.
“Nasceu pobre e sua pele nunca foi tão branca quanto sugere sua imagem mais popular. Sem posses e mais retinto do que lhe foi apresentado, andou ao lado daqueles que a sociedade virou as costas oferecendo-lhes sua face mais amorosa e desprovida de intolerância. Sábio, separou o joio do trigo, semeou terrenos férteis e jamais deixou uma ovelha sequer para trás”, diz o texto de apresentação do enredo.
O cenário que será desenvolvido a vivência pobre de Jesus Cristo, será o Morro da mangueira aonde, se abordará as dificuldades do povo, pré conceito racial, o dia-dia difícil da população, o tema do desfile promete polêmica mas também conscientização.

A rainha Evelyn Bastos, veio fantasiada com um maiô e uma capa, nessa capa trazia a reprodução da assinatura dos 16 jovens que foram mortos por bala perdida no Morro da mangueira, na capa também tinha a descrição “ o Morro não tem vez”, todas as assinaturas tiveram autorização dos responsáveis dos jovens para ser colocada na fantasia, na fantasia também estava escrito “ Maria das dores” que está descrito em no samba da escola e é uma homenagem às mães desses jovens mortos injustamente.